Hoje aconteceu-me ter que ir ao Continente fazer umas compras porque não tive vontade de ir no fim de semana, isto pelo simples facto de odiar arrastar-me no meio da multidão para chegar a qualquer prateleira que deseje. Para não falar que sou atropelada pelo menos 5 vezes por carrinhos conduzidos geralmente por elementos do sexo masculino que deambulam pelos corredores do hipermercado, enquanto a sua fêmea lidera a parada. Então lá fui, arrastando também o elemento do sexo masculino com quem coabito maritalmente, fazer as compras antes que a ementa de amanhã se cingisse a biscoitos de gato com sabor a salmão e truta. Estava tudo a correr muito bem até que cheguei à secção dos legumes para procurar tomates que lá acabei por encontrar. Mas quando me aproximei da banca, para meu espanto, deparei-me com a prateleira praticamente vazia, onde sobravam apenas meia dúzia de tomates que mais pareciam os desterrados mineiros do Chile. A única diferença entre eles era somente o número, porque os mineiros eram 33 e os tomates apenas 6. Os pobres eram toscos e melados mas como é óbvio recusei-me a enfia-los dentro do saco plástico o que me custou muito até porque eu estava mesmo a precisar de tomates! Virei costas e encaminhei-me de volta ao carrinho quando noutra prateleira me deparei com mais tomates. Estes já tinham melhor aspecto mas só consegui salvar 6 no meio daquilo que parecia uma tomatada.
Voltei a casa com as compras e quando tirei os desgraçados dos tomates do saco pensei que deveria ter chamado à atenção de algum funcionário para o facto de quase não haver tomates e dos que lá estavam parecerem dióspiros!
A verdade é que provavelmente ninguém me daria atenção mas juro que para a próxima escrevo uma cartinha ao Dr. Belmiro de Azevedo dizendo que a qualidade dos seus tomates é deplorável e que devia ter vergonha em exibir tal coisa, quanto mais colocar à venda!

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