4 de outubro de 2010

Jodie Foster

Há coisas que me dão coisas na alma e a Jodie Foster é uma delas.

Não me levem a mal adoradores da Jodie Foster mas esta senhora faz-me um bocadinho de espécie. É que nem se quer posso dizer que gosto um pouco dela, ou assim-assim, porque não consigo definir em concreto o que sinto por ela (não me entendam mal p.f.!) e isso irrita-me. Então, como se eu não tivesse nada para fazer, deu-me para dissecar a senhora Foster que por acaso já foi motivo de discussão umas quantas vezes no seio de um grupo que se julga muito intelectual mas não o é realmente. Eu até acho que por esse mundo vasto deve existir alguma alma que já tenha utilizado a Jodie Foster como tema de tese de doutoramento. Não sei, penso que sim.

Fisicamente não posso apontar nada à senhora excepto o facto de achar que ela faz qualquer truque com os lábios quando fala. Assim como quem faz biquinho de uma forma um pouco parva que me confunde os nervos quando a vejo falar. Depois também tem um jeito que parece que anda sempre afogueada (termo que a minha avó usa muito). É sempre assim um pouco aflitiva o que me deixa sempre desassossegada quando vejo um filme com ela. Sinto-me incomodada com a inquietude dela! Mas agora que penso nisso julgo ter uma explicação lógica para o facto de a rapariga suscitar sempre aquele ar de agoniada. Em análise do percurso fílmico da Jodie Foster pude constatar algumas particularidades que me direccionaram para o meu raciocínio final à cerca desta entidade.

Em 1972 ela é Samantha em Napoleon & Samantha onde ela, como melhor amiga de Napoleon, foge com o mesmo e o seu animal de estimação, um leão, para que o amigo evite ser enviado para um orfanato após ter perdido o seu único família, o seu avô. Ora isto é tudo muito engraçado e heróico, até o Michael Douglas anda à mistura mas isso não salva Jodie de ser, denote-se, desde tenra idade, uma doida varrida. Mas alguém foge de casa com um amigo e o seu leão?! Nem mesmo isto ser um filme produzido pela Disney a salva!


Em 1976, um pouco mais velha, surge em Taxi Driver como Iris, uma menina de 12 anos com a ocupação a tempo inteiro de prostituta em que o seu manager (diga-se assim…) dá pelo nome de Sport. Alguma coisa de estranho aqui? Sim claro, e não é o Keitel no papel de chulo com o nome de Desporto, nem o de Niro ser um taxista. É sim a tendência desta menina de continuar a ser problemática e perturbada. Já não bastava ter fugido de casa com o amigo e o leão? Não, claro que não.



A meu ver em 1991 o seu destino foi talhado por completo. Ela é Clarice em The Silence of the Lambs, que tem como tarefa entrevistar Hannibal Lecter (um ex canibal serial killer – vejam lá se ela não roça a loucura) na possibilidade de a natureza do mesmo ser útil na perseguição de um outro serial killer (acho que me fiz entender, não?). É que no meio disto tudo ela ainda consegue levar com o jacto de sémen… Ainda bem que ela tinha aquele bicho a tapar-lhe a boca.


Nell em 1994, é a mostra das consequências do seu passado atribulado. Ela tem um mundo próprio, uma linguagem própria o que faz com que ela seja quase imperceptível. Fico cansada de a ouvir e tentar perceber logo depois das suas primeiras linhas de texto.


Ora tudo isto revela, a meu ver, que a senhora Foster não regula lá muito bem e o clímax da minha teoria surge com uma coisa magnífica da qual ela certamente é dotada – boa actividade monoparental. Mas é que ela não tem mesmo jeito para estas coisas e está provado! Quando ela é Anna em Anna and the King (1999), leva a sua criança para o Sião que já nem existe veja-se só! E tudo em prol da sua actividade profissional… professora! Se fosse voluntária da Cruz Vermelha ainda entendia… Em 2002 a sua vocação para ser mãe recalca-se em Panic Room, onde ela é mãe de uma jovem de diabética. Sala de pânico. Mãe de uma menina diabética. Preciso de dizer mais alguma coisa? Lá está… A meu ver o fim a macacada foi em Flightplan (2005) onde a senhora Foster perdeu, repito, perdeu a filha num avião! Perder as crianças no supermercado acontece, ou talvez na feira popular, mas num avião? Tipo, como é que uma pessoa perde um filho no avião e depois não quer que a chamem de louca? Acho que a solução neste caso seria não ter ela não ter filhos ou então carregar a criança constantemente num marsúpio e certificar-se de que a mesma usa algum elemento metálico agarrada ao corpo. Assim, antes do embarque ela apitava no sensor de metais e a Jodie lembrava-se “Ah, tenho uma filha, é melhor não a perder no avião!

A meu ver toda esta questão do mau exemplo parental advém do filme Contact onde aqui é a coitadinha da Foster que é órfã e que ouve barulhos estranhos lá nos seus rádio e que diz que são aliens. O pior de tudo é quando ela tenta entrar em contacto com os seres extraterrestres quem é que ela encontra? Isso mesmo, o pai. Pobrezinha, assim ela fica confusa!

O último filme que vi com esta senhora foi The Brave One (2007) que em português é A Estranha em Mim. Ter uma pessoa estranha dentro dela mesma é mesmo coisa à Jodie Foster.

Com isto concluo que ainda não sei muito bem se gosto dela ou não, ou se assim-assim. A verdade é que ela me dá na alma por ser excessivamente/constantemente sensitivo-psiquiátrica mas por outro lado sou obrigada a vê-la no meu vasto leque de canais televisivos (que são somente 4) quando por exemplo na RTP está a dar o Malato que também me cansa muito e na TVI 3 novelas portuguesas onde em todas elas Alexandra Lencastre é a personagem principal.

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