1 de outubro de 2010

Eu e o A.

Eu e o meu amigo A. somos duas pessoas como grande parte das que há por esse mundo fora, ou seja, banais. Somos completamente básicos e normais (dentro da nossa própria anormalidade). Somos aquele tipo de pessoas que se estivessem no meio de um filme de terror nunca acompanhariam o crescendo da música em êxtase, naqueles momentos em que o personagem segue o som abafado vindo do fundo do corredor escuro num acto de curiosidade que o levará a um fim sangrento e nada bonito. Eu e o A. fugiríamos a sete pés, gritando e gesticulando fervorosamente. Se estivéssemos no meio de uma batalha sangrenta, ainda antes mesmo dos disparos começarem já estávamos esticados no chão num pose previamente ensaiada e extremamente natural, a fingir uma morte sofrida e gloriosa! E não, não somos cobardes. Os gambas também simulam a sua morte numa situação de perigo e ninguém acha estranho e ainda são capazes de culminar com lago do género "a natureza é fantástica".

As coisas que nos unem ( a mim e ao A., quero dizer) são esses pequenos pormenores que toda a gente pensa mas ninguém diz porque fica mal ou não é "fixe", como imaginar acontecerem alguns horrores a certas pessoas por quem não morremos de amores e no fim abandonamos a cena na nossa nave espacial soltando risadas maléficas. MUUUAHAHAHAH!

Somos assim, singulares mas banais. Maléficos e cobardes como toda a gente é no seu íntimo. No entanto temos um pequeno projecto que estamos a desenvolver em comum mas que para já ainda está na ideia: sermos pessoas extremamente in, com um ar de quem não faz nem pensa nada das coisas acima descritas. Ser daquele tipo de pessoas que come sushi e dialoga sobre o Equador do Miguel Sousa Tavares.


1 comentários:

Unknown disse...

ADORO AMIGA!!!! Absolutamente singulares mas completamente banais... :D
Ai quando formos ao Japonês... Nós com um ar distinto e super selecto com os pauzinhos entre dedos, os olhos semi-serrados a fazer observações intelectuais sobre o Equador!

Beijão grande do teu
A.

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