Ultimamente sempre que saio de casa é uma odisseia tal que a minha vontade por vezes era a de ficar dentro de portas até o Santiago nascer.
Onde quer que eu vá há sempre gente disposta a opinar sobre a gravida que ali vai. É na caixa do supermercado, na fila do multibanco, na padaria, na rua, e até na farmácia. As pessoas olham, comentam, falam, perguntam e atiram postas de pescada para o ar com algumas frases verdadeiramente sublimes e dignas de anotação.
Já sei que se calhar posso estar a ser injusta e que muitas das pessoas não o fazem por mal, fazem porque acham natural reparar numa grávida e comentar, contudo, acho que se torna uma coisa deveras massadora... E quando são pessoas conhecidas? Bom, o calibre aí é bem pior, tenho que admitir, porque as pessoas conhecidas agem e falam numa pose ainda mais altiva como se fossem donas de toda a verdade sobre partos, bebés e mudanças de lua.
Às vezes gostava de entrar em modo off line até o Santiago nascer para não ter lidar com estas coisas. Não sei, mas acho que as pessoas ainda não perceberam muito bem que eu não pretendo saber nada sobre as suas experiências de parto e que o facto de me dizerem em tom de gloria que estiveram 14 horas em agonia também não me interessa muito (nem ajuda, claro está...). Também não quero que me digam que os bebés choram, que dão trabalho e tiram horas de sono aos pais, ou então que a vida do casal nunca mais será a mesma e que ainda por cima posso não ter sorte com o meu leite que poderá ser fraco e não sustentar o bebé...
Não, não quero que me digam nada disso, eu não pergunto, porque raio têm que me dizer isso?! Se que quisesse descortinar algo sobre o assunto perguntava mas não, muito obrigada, dispenso tudo isso e mais qualquer coisinha. Pode ser?
Obrigadinha...
6 comentários:
Sobre o olhar não digo nada porque eu, ainda antes de andar em treinos, sempre fui fascinada com grávidas!Mas os palpites,acho que deve ser a incontrolável vontade que as pessoas têm para opinar sobre a vida alheia!O melhor é (tentar) ignorar! ;)
Agora imagina isso tudo, quando o teu trabalho mesmo que temporario e' atender o publico, fazer cartoes de cidadoes a maes, pais, avos, tios, filhos etc etc. E ouvir um comentario de toda a santa pessoa que eu atendo!!!! Sejam mulheres, sejam homens. Algumas pessoas sao muito queridas, mas essas contam-se pelos dedos. As pessoas as vezes dizem mesmo coisas sem nexo e algo desagradaveis para uma gravida ouvir. Ha dias que ja nem os posso ouvir!!! LOOL A pior foi uma me perguntar para quando nascia o menino, e eu disse a MENINA nasce em Setembro! E a parva da mulher em tom sarcastico responde-me olhando para a minha barriga "ai que menina tao esquisita!" Dava vontade responder torto e perguntar se ela queria ir la espreitar para tirar as teimas. Gente parva!!!
É impressionante a capacidade que as pessoas tem para só contar o que pode correr mal! A mim também me irritava imenso quando foi da Sofia, desta vez não me dizem nada como é a segunda gravidez!
Mas chegou a um ponto que eu já dizia às pessoas que não queria saber não queria ouvir e ia à minha vida. Tem de ser assim às vezes.
É preciso ter muitaaaaaaaaa paciência...
Ana maldivas
NA gravidez os comentários são qualquer coisa, mas quando o bébé nasce.... é de dar em doida!!!!demasiadas opiniões...só se ouve: faz assim, eu fiz assim, comigo não foi assim.. santa paciência!Pessoalmente ouvi muita estupidez quando estava gávida.... mas, agora que ela acabou de nascer...dou em doida!
Não ligues carlinha... há um provérbio que diz" as nossas conquistas ninguém se lembra, mas nossas derrotas ninguém as esquece" (mais ou menos assim)...
As pessoas dizem isso pois ás vezes gostariam de (no caso das mulheres) partilhar as emoções que passaram, elas que contem apenas as boas, que interessa as más??!! para te assustar? para te preparar para o pior? ba... ca** nelas... ja tens tudo preparadinho, parto "incluido" por isso vai correr ás mil maravilhas carlota... vai nascer o teu principezinho, e vais finalmente vê-lo em todo o esplendor
Abraços amiga e não ligues ao que dizem, mas sim ao que sentes
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